Testes de realidade e a teoria do Cérebro Sobreajustado dos sonhos podem ter uma relação especial. Inegavelmente a Teoria do Cérebro Sobreajustado oferece uma novidade, frente as demais teorias sobre a função dos sonhos. A saber, esta teoria se aproveita de um conceito de “sobreajuste” que é uma ferramenta para enfrentar a limitação das programações de computação ao tentar resolver problemas. Sendo assim, aplica-se programações com ruído/que permitem margem de erro, para superar a programação original.
A teoria do Cérebro Sobreajustado, uma das mais recentes teorias sobre a função dos sonhos, utiliza-se desse modelo aplicado em Inteligência Artificial (IA), voltando-se para fenômenos bizarros que costuma acontecer nos sonhos. Certamente você deve lembrar de algum sonho bizarro que lhe chamou a atenção. Nesse sentido, os sonhos teriam o papel de oferecer uma carga de experiências ainda maior do que apenas o que é vivenciado no estado desperto. Afinal as experiências boas e ruins ocorrem no cérebro/mente, também durante os sonhos e os testes de realidade dependem dos fenômenos bizarros.
Por exemplo, imagine que não existem sonhos. Embora se possa aprender com as experiências do dia-a-dia, uma vez que não existisse mais o cérebro trabalhando a noite e produzindo histórias mirabolantes, utilizando-se do banco de recordações da vigília, todas experiências ficariam em função do estado desperto. Porém, com a existência dos sonhos, apresenta-se uma outra quantidade substancial de experiências que tornarão nosso cérebro/mente com maior capacidade de adaptação. Todavia onde está a relação entre os testes de realidade e a teoria do Cérebro Sobreajustado?
Relação entre testes de realidade e a Teoria do Cérebro Sobreajustado
Os testes de realidade funcionam bem porque seu funcionamento está em função da deficiência dos sonhos em reproduzir certos tipos de detalhes da realidade desperta. Nesse sentido, um interruptor possui grande chance de não responder exatamente o liga/desliga que estamos acostumados ou os dedos da sua mão talvez apresentarão detalhes um tanto estranhos…
Na mesma linha que a Teoria do Cérebro Sobreajustado irá apresentar novas experiências, com o toque de bizarrices típicos, os testes de realidade poderão ser convenientemente utilizados. Afinal, na medida que estímulos diferentes ocorrem é natural que o cérebro traga para os sonhos esses temas. Neste caso, sempre que novos estímulos surgirem, será uma oportunidade para um teste de realidade e entender essa relação pode ter impacto nos sonhos lúcidos.
Para concluir e a grande razão desse texto, aproveite sempre que puder aqueles momentos do seu dia em que notar algo novo acontecendo. Logo que sentir algum estímulo diferente, alguém vestindo uma roupa estranha ( ou quem sabe sem roupa em momento errado), um felino com aquela cara bizarra… experimente dar aquela olhada para mão, observar o relógio ou puxar um dedo!…
Referências Bibliográficas:
Hoel E. The overfitted brain: Dreams evolved to assist generalization. Patterns (N Y). 2021;2(5):100244. Published 2021 May 14. doi:10.1016/j.patter.2021.100244
